terça-feira, 11 de maio de 2010

A SOCIEDADE DO QUASE

Lendo o livro "os piores textos de Washington Olivetto, famoso publicitário brasileiro, me deparei com um texto escrito por ele para a revista República, do qual gostei muito, ele diz:

"O acelerado processo de carnedevacalização da sociedade mundial, também conhecido como globalização do zémaneísmo, fez com que , em vez de famosos por 15 minutos, conforme o previsto, muitos chegassem ao novo milênio vulgares e deslumbrados por várias horas, provocando o surgimento de um novo personagem no cenário social: o QUASE.

O QUASE pode ser homem, pode ser mulher, pode ser veado, pode ser sapatão, não importa. O que importa é que o QUASE é quase sempre: quase inteligente, ou quase rico, quase culto, ou quase bonito, ou quase informado, e até muitas vezes quse tudo isso simultaneamente, o que evidentemente dificulta a sua identificação imediata.

RESULTADO: A qualquer momento você pode se aproximar de um QUASE ou um QUASE pode se aproximar de você. Em ambos os casos, o risco que você corre com esse contato aparentemente inofensivo é o de, em pouco tempo, ficar quase QUASE".

Pensei no quanto existem pessoas quase, e como ser diferente delas é considerado um horror pela sociedade, é a valorização do errado, e a desvalorização do correto.

Interessante é ver Big Brother,
anormal é ler Machado de Assis.

Admirável é viajar pela Europa,
inútil é conhecer a história dos povos de nosso país.

Chique é ter um óculos Dolce Gabana,
ridiculo é se interessar pela arte dos indíos.


Poderia citar milhares de situações em que fica evidente a mistificação do que é banal, e a desvalorização de tudo aquilo que difere um povo medíocre de um povo com cultura.

E ai, você é QUASE culto?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

CAMPANHAS DE INCENTIVO AO VOTO.

Quando decidi fazer minha monografia sobre a Campanha de Incentivo ao voto - do TSE, criadas pela W/BRASIL para as eleições para prefeitos e vereadores de 2008 - não podia imaginar que não havia histórico de campanhas de incentivo ao voto, nem mesmo de uma comunicação que incentivasse a participação popular e sindical.
Estou assiduamente procurando fontes, mas nem online encontro, surge uma reflexão sobre o quanto a sociedade dá valor ao voto, se nem mesmo campanhas que incentivem sua conscientização são registradas, se sua história não é retratada, é simplesmente esquecida, como se não fosse de extrema importância pra entendermos nossa democracia.
Continuarei procurando livros, fontes, relatos, e talvez até este seja um possivel trabalho meu de pós ou mestrado, já que é necessário saber nossa história, para compreender o presente e prognosticar o futuro.